“Foi um trabalho simples e significativo que valeu a pena!”. A afirmação é do agricultor Joselino Meneguete, do município de Brejetuba, grande vencedor do Prêmio de Qualidade dos Cafés Arábica das Montanhas do Espírito Santo. A entrega do prêmio foi realizada nesse sábado (09), no Clube Recreativo de Venda Nova do Imigrante. No total foram 32 finalistas provenientes de 500 amostras, oriundas de 300 propriedades de 17 municípios da região.
Participaram da solenidade o governador Renato Casagrande, o vice-governador Givaldo Vieira, o secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca Enio Bergoli, o diretor-presidente do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) Evair Vieira de Melo, o presidente da Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova) Pedro Carnielli, o prefeito de Venda Nova do Imigrante Dalton Perim, dentre outras autoridades.
O prêmio tem por objetivo reconhecer os melhores produtores de cafés da variedade arábica produzidos de forma sustentável nas montanhas capixabas, e incentivá-los na busca constante da melhoria da qualidade.
Vários aspectos foram observados, como as condições socioambientais das propriedades onde o café é produzido. A rastreabilidade do café, o uso de fertilizantes e defensivos, a gestão do solo, a colheita e pós-colheita, meio ambiente e conservação, a gestão de resíduos e a saúde e a segurança do trabalhador foram considerados.
O governador Renato Casagrande destacou o grande apoio que o Governo tem dado ao produtor para fortalecer o setor. “O café da região das montanhas capixabas é o melhor do mundo. Temos como exemplo diversos compradores dos nossos cafés que são da Ásia e África. E é por isso que o Governo permanecerá investindo e auxiliando a qualificação desse segmento, pois o café é um instrumento de grande riqueza para o meio rural”.
O secretário da Agricultura, Enio Bergoli, apontou que a qualidade é um caminho sem volta no Espírito Santo. “Esse é um ponto que é determinante para a permanência no mercado, além de remunerar melhor os nossos produtores. O consumo de cafés especiais cresce a cada dia e todos os esforços dos produtores das Montanhas do Espírito Santos têm conquistado seu espaço”, frisou.
“Esse evento consolida uma história de sucesso dos cafés arábica das montanhas. Os produtores aceitaram o desafio há 12 anos para trabalhar com o conceito da qualidade dos grãos, além disso, com visão de sustentabilidade. Hoje temos um café mais saboroso, que está consolidado e apreciado no mundo”, afirmou o diretor-presidente do Incaper, Evair Vieira de Melo.
Para o presidente da Pronova, Pedro Carnielli, os produtores estão de parabéns pelos produtos apresentados. “O que vimos aqui foram cafés de excelente qualidade, uma bebida fina. A cada ano estamos dando um passo a frente e nos consolidando cada vez mais”, disse.
“O auxílio dos técnicos agrícolas do Incaper foram fundamentais para conseguirmos um produto de qualidade, com eles também aprendemos quais as melhores condições ambientais também fazem parte da pontuação do concurso. Foi uma grata surpresa para mim vencer esse prêmio”, disse o vencedor Joselino Meneguete.
O concurso foi realizado pela Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), do Instituto Capixaba de Pesquisa Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Espírito Santo (Sebrae ES), da OCB/SESCOOP-ES, e coordenado pela Cooperativa dos Cafeicultores das Montanhas do Espírito Santo (Pronova).
Classificação
Nome – média final – município - prêmio
1º lugar – Joselino Meneguete - 93,20 – Brejetuba - R$ 10.000,00 e uma moto
2º lugar – Paulo Francisco Uhl - 91,50 – Marechal Floriano – R$ 10.000,00
3º lugar – Alcideo Busato - 91,12 – Marechal Floriano – R$ 7.000,00
4º lugar – Antonio Mario Krohling - 91,10 – Marechal Floriano – R$ 3.000,00
5º lugar – Genildo Benicá - 90,40 – Castelo – R$ 2.000,00
6º lugar – Cesar Abel Krohling - 89,85 – Marechal Floriano – R$ 1.000,00
7º lugar – Elio Uliana - 89,60 – Brejetuba – R$ 1.000,00
8º lugar – Manoel Protazio de Abreu - 89,23 – Dores do Rio Preto – R$
1.000,00
9º lugar – Josane Souza Lima Bissoli - 88,50 – Afonso Cláudio – R$ 1.000,00
10º lugar – Onofre Alves de Lacerda - 87,90 – Dores do Rio Preto – R$
1.000,00
Abaixo a lista de todos os 32 finalistas do Prêmio de Qualidade dos Cafés Arábica das Montanhas do Espírito Santo, que receberam a certificação socioambiental por um bom manejo em suas propriedades.
Adriano Orlando Wruck - Domingos Martins
Alcebia Despossimoser - Itarana
Alcideo Busato - Marechal Floriano
Antonio Mario Krohling - Marechal Floriano
Arnaldo Krause - Itarana
Cesar Abel Krohling - Marechal Floriano
David Simer de Vargas - Afonso Cláudio
Domingos Savio Lopes - Castelo
Edilécio Dalbo - Conceição do Castelo
Elio Uliana - Brejetuba
Elis Angela Fileti Brioschi - Venda Nova do Imigrante
Euzébio Bissoli - Venda Nova do Imigrante
Gabriel Francisco Krohling - Marechal Floriano
Gelson Bissoli - Afonso Cláudio
Genildo Benicá - Castelo
Geraldo Grinewald - Itarana
Ivan Caliman - Venda Nova do Imigrante
João Fortunato Destefani - Venda Nova do Imigrante
Josane Souza Lima Bissoli - Afonso Cláudio
José AntonioDebonaRomao - Castelo
José Leandro Romao - Castelo
Joselino Meneguete - Brejetuba
Manoel Protazio de Abreu - Dores do Rio Preto
Marcos Antonio Nali - Castelo
Maria Delpupo Bissoli - Afonso Cláudio
Onofre Alves de Lacerda - Dores do Rio Preto
Paulo Francisco Uhl - Marechal Floriano
Pedro Carnielli - Venda Nova do Imigrante
Pedro Ruchdeschel - Afonso Cláudio
Valdeir Dalcin Tomazini - Castelo
Valdeir Jose Pena Cezati - Castelo
Zenomar José Onofre Zambom - Afonso Cláudio
Café Arábica no Espírito Santo
O café arábica é plantado em 49 municípios, em regiões frias, em altitudes superiores a 500 metros. Os maiores produtores são Brejetuba, Iúna, Vargem Alta, Ibatiba, Afonso Cláudio, Irupi e Muniz Freire, cuja produção de cada município é superior a 120 mil sacas por ano. Muitos cafeicultores desses locais alcançam rendimentos superiores a 40 sacas beneficiadas/ha, enquanto que a produtividade média é de 16 sacas/ha.
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