quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Dono de lotérica se julga vítima de bolão da Mega Sena

Porto Alegre - O dono da Lotérica Esquina da Sorte, José Paulo Abend, 49 anos, disse que também foi prejudicado pela aposta não feita nos números da Mega Sena sorteados no final de semana passada pela Caixa Econômica Federal. "Estou me sentindo envergonhado, lesado, sou uma das vítimas", lamentou, ao sair da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Novo Hamburgo, depois de prestar depoimento, hoje.
O empresário afirma que também deixou de ganhar parte do prêmio porque ficou com quatro cotas não comercializadas do bolão. "Não posso ser acusado de estelionato pois também havia jogado", sustentou. O caso dos apostadores que acertaram os números da Mega Sena acumulada e não levaram o prêmio ocorreu no final de semana.
Eles compraram 35 cotas de um bolão organizado pela lotérica e foram da euforia à frustração em poucas horas, do momento em que souberam o resultado ao momento em que descobriram que o jogo não havia sido repassado à Caixa Econômica Federal. Outra cota teria sido adquirida por uma funcionária, e as quatro restantes teriam ficado com o dono da agência. Se os 40 participantes do bolão repartissem o prêmio, cada um ficaria com R$ 1,3 milhão.
Em seu depoimento, Abend atribuiu o erro a uma funcionária, dizendo que ela esqueceu numa gaveta os quatro bolões que tinha para registrar, inclusive aquele que continha os números que acabariam sorteados. O delegado Clóvis Nei da Silva não descartou a hipótese de estelionato. Ele espera informações da Caixa para saber se a loja costumava registrar as apostas que vendia sob a forma de bolão.
Também vai tomar depoimento de outros clientes e dos funcionários da agência nos próximos dias.
Ação - Os advogados de 21 dos apostadores estão estudando a ação que vão mover contra a lotérica e a Caixa para pedir o pagamento do prêmio aos seus clientes, possivelmente na semana que vem. Depois de anunciar que solicitariam o bloqueio do valor, ontem, eles optaram por posições mais cautelosas hoje. "Há várias hipóteses em estudo", ressaltou o advogado Marcelo Luciano da Rocha. "Vamos escolher a melhor forma de garantir os direitos de nossos clientes".
Fonte: folha vitoria

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