quinta-feira, 17 de maio de 2012

Em Brejetuba - Professor tem carro financiado em seu nome por bandidos





Um professor de Brejetuba, na Região Serrana do Estado, descobriu que teve um veículo no valor de R$ 57,7 mil financiado por bandidos, em seu nome. Ele precisou entrar na Justiça para provar que não comprou o carro e solicitar a exclusão de seu nome do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e Serasa.
 
O Astra Sedan foi comprado em nome do professor João Batista Neto, 57 anos, em novembro de 2011. Entretanto, ele descobriu o fato no último dia 28 de fevereiro, quando policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foram até a casa da mãe dele, em Jardim América, Cariacica, procurando por ele.
 
“Duas viaturas chegaram à rua onde minha mãe sempre morou dizendo que estavam em perseguição a um veículo e, pela placa do carro, identificaram que estava em meu nome. Como eu morei muitos anos nesse endereço, os policiais foram até lá me procurar. Eu estava em Brejetuba, onde moro há quase 10 anos, e minha irmã me ligou contando o que estava acontecendo”, disse João Batista.
 
O professor disse que a partir desse dia ele descobriu que seu nome estava no SPC e Serasa e que havia uma multa em seu nome. “Já tive muitos transtornos por causa dessa história e até hoje ainda não consegui limpar meu nome. Descobri também que foi feita uma compra de R$ 394,74 em uma loja do Rio de Janeiro. Eu nunca perdi meus documentos e não faço ideia de como conseguiram comprar um carro em meu nome”, informou.
 
O carro foi comprado financiado em 60 vezes e nenhuma parcela ainda foi paga. A Justiça já concedeu liminar favorável ao professor e notificou o SPC e Serasa para que retirem as restrições do nome do professor. O Detran também foi notificado para suspender a multa.
 
O advogado de João Batista, Gustavo Guimarães, já entrou com ação na Justiça pedindo indenização por danos morais, mas o valor ainda não foi estipulado. “Eu quero que descubram quem financiou esse carro e que a Justiça dê ordem de busca e apreensão para que se o veículo for parado em uma blitz descubram quem está de posse dele”, acrescentou o professor.
 
Segundo o professor, o ouvidor geral da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesp) Eliezer Siqueira de Souza Júnior, informou que os policiais cumpriam uma ocorrência policial ao irem até a casa da mãe dele. Já o banco Santander, onde o carro foi financiado, informou, por meio da assessoria de imprensa, que: “o Banco Santander não se pronuncia em casos que estão sob o exame da Justiça. As providências serão tomadas em juízo”.

Fonte: Montanhas Capixabas

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