O plenário do Legislativo ficou lotado de manifestantes. Com faixas, cartazes e nariz de palhaço, eles fizeram muito barulho durante a realização da sessão ordinária. O alvo da reclamação, segundo os representantes do hospital, é que enquanto o hospital acumula dívida os vereadores estariam fazendo viagens em cidades turísticas com verba pública sem que houvesse nenhuma necessidade.
O presidente da Câmara, Nelson Miertschink (PSDB), considerou justo o protesto dos servidores e da população, já que, segundo ele, são quase R$ 4 milhões de dívida acumulada. No entanto, disse que os vereadores precisam das diárias para execer seus mandatos com mais capacitação.
Sobre as denúncias das supostas irregularidades, Miertschink diz que os parlamentares do município estão economizando nas despesas do Legislativo, mas que precisam se aperfeiçoar para poder apresentar projetos que possam beneficiar toda a população.
“Todas nossas contas são aprovadas pelo Tribunal de Contas. A gente não abusa das diárias, mas também não posso pagar para trabalhar para o município. Não tenho como tirar dos R$ 3 mil que recebo e pagar essas despesas do meu bolso”, disse.
Na semana passada, a Justiça mandou bloquear os bens dos vereadores Adilson Espíndula (PTB), Elmar Thom (PSC), Emilson Vieira (PP), Hilário Boening (PMDB), Joel Ponath (PSB), Renato Holz (PMDB) e Siguimar Schvanz (PRTB), Itamar Jacob (PMDB), além do próprio presidente da Casa, Nelson Miertschink.
Segundo a ação da Promotoria, os vereadores acusados teriam gasto quase R$ 400 mil em diárias entre os anos de 2009 e fevereiro deste ano. O valor deverá ser devolvido para os cofres públicos e os parlamentares ainda correm o risco de perderem o mandato. as viagens foram feitas para Aracaju (SE), Belo Horizonte (BH) e Gramado (RS).
Fonte: Folha Vitoria
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