quarta-feira, 13 de abril de 2011

Vice de Casagrande fica sem função dentro e fora da estrutura do governo


Ao contrário do que ocorreu no governo passado, em que os dois vices de Paulo Hartung, Lelo Coimbra, no primeiro mandato, e Ricardo Ferraço, no segundo, ocuparam cargos de secretário, participando efetivamente da estrutura do governo, o vice de Renato Casagrande, Givaldo Vieira, está em cargo de expectativa apenas.

Apesar de ter gabinete próprio no palácio da Fonte Grande, o vice-governador não tem conseguido emplacar uma atuação de comando no governo. Chegou a ganhar uma visibilidade durante a formulação dos eixos estratégicos do governo, mas atualmente está mais retraído.

O perfil centralizador de Renato Casagrande em relação às questões políticas também não deixa muito espaço para as movimentações de articulação do vice. Na época da transição, Givaldo foi colocado como coordenador político da equipe, o que passava a ideia de que o vice-governador seria um importante interlocutor de Casagrande, mas no mercado político, hoje, essa impressão não se sustenta.

Diante da falta de espaço no governo, Givaldo, que é presidente regional do PT, passou a se dedicar às questões internas do partido. Ele, que foi colocado na vaga de vice para manter os interesses do partido, mais especificamente de seu aliado político, o prefeito de Vitória, João Coser, na sucessão estadual, terá uma difícil missão em 2012.

O partido precisa se fortalecer, já que Coser hoje está desgastado à frente da prefeitura de Vitória. Para isso, o partido precisa, ao menos, manter as prefeituras que tem hoje no Estado. Mas o desempenho dos prefeitos e a força dos adversários em algumas bases tornam o desafio ainda maior.

Em Vitória, o partido quer apostar na ministra Iriny Lopes, mas sua posição nacional acaba afastando a petista da base, o que pode complicar a candidatura. Além disso, o prefeito declarou apoio à candidatura virtual de Paulo Hartung na Capital, o que tiraria o PT da disputa.

Em Vila Velha, o deputado Hercules Silveira (PMDB), que tem um forte capital político, tentava viabilizar a candidatura do petista Guilherme Lacerda, mas hoje as movimentações apontam para uma aproximação do peemedebista com o deputado Rodney Miranda (DEM), o que causou espanto na classe política, já que Rodney é aliado de Hartung, que na eleição municipal passada mudou seu apoio, inclusive financeiro, na reta final, para Neucimar Fraga (PR), o que contribuiu para a derrota de Hércules em 2008.

Em Colatina, o prefeito Leonardo Deptulski, do PT, tem dificuldades administrativas e enfrentará o fortalecido deputado federal Paulo Foletto (PSB) na eleição do ano que vem. A situação é bem parecida em outra administração do PT, Cachoeiro de Itapemirim, com Carlos Casteglione, que enfrentará Theodorico Ferraço (DEM) ou um aliado dele.

Fonte: Seculo Diário


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