sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Santa Leopoldina: Câmara inicia processo de cassação de Ronaldo Prudêncio


João Torezani


O prefeito afastado de Santa Leopoldina, Ronaldo Prudêncio (PDT), acusado de integrar uma quadrilha que desviou dinheiro público por meios fraudulentos em licitações públicas, foi notificado para apresentar sua defesa. A notificação foi feita pela Câmara de Vereadores, que instaurou o processo de investigação para apurar seu envolvimento nas irregularidades.

Consta que mais de R$ 4 milhões foram subtraídos do orçamento da prefeitura em contratos que fazem parte do rol dos investigados pela “Operação Moeda de Troca”. Os trabalhos indicam que as licitações irregulares atingiram outras cinco administrações públicas municipais que totalizam R$ 28 milhões em apenas 11 contratio

O prefeito afastado terá o prazo de dez dias, a partir desta quinta-feira (30), para apresentar sua defea. O presidente da Câmara, vereador Marcos Rauta (PSDB), explicou que será dado ao prefeito afastado todo o direito de defesa. “Nós, como representantes da população, decidimos abrir um processo e averiguar em detalhes tudo o que ocorreu na administração”, disse.

Após a deflagração da operação policial no município, o primeiro ato da Câmara de Vereadores de Santa Leopoldina foi afastar o prefeito Prudêncio pelo período de 90 dias. Ele esta fora da prefeitura em decorrência de decisão do juiz Carlos Ernesto Campostrini Machado, que também havia recebido uma ação de improbidade administrativa contra o pedetista. Desta vez, pela suposta prática de superfaturamento em contratos emergenciais, o que ficou conhecido como “muro da vergonha”, termo cunhado pelo promotor de Justiça Jefferson Valente Muniz.

Marcos Rauta também esclareceu que os trabalhos estão sendo desenvolvidos com a vereadora Ângela Leppaus (PPS), que funciona como relatora do pedido, e o vereador José Ronildo Pereira (PR). “Tudo será feito e praticado com ética e transparência, obedecendo todos os procedimentos legais e de defesa”, disse.

A comissão tem prazo de 90 dias para a conclusão do processo, que pode culminar com a cassação do mandato do prefeito Ronaldo Prudêncio. Sobre a adoção do afastamento definitivo, justificou Marcos Rauta que cabe aos membros da Câmara somente apresentar um relatório conclusivo: "Após este procedimento, a matéria passara à apreciação do plenário da Câmara de Vereadores. Nós somos, apenas, instrumentos da nossa própria representação. O poder de cassar e afastar o prefeito é da totalidade dos vereadores”, finalizou.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Comente a vontade, pode ser anonimo se preferir.