Dois movimentos recentes no cenário político de Vila Velha mostram que os próximos dois anos da administração do prefeito Neucimar Fraga (PR) será tranquilo, pelo menos do ponto de vista político. O PMDB e o PSDB, que participam da administração municipal, estão ajudando a facilitar o cenário em Vila Velha para o republicano.
O movimento mais duro aconteceu no PMDB. Depois de o deputado estadual Hércules Silveira ter cobrado as promessas feitas pelo prefeito Neucimar em 2008, o diretório resolveu tomar providências para enquadrar o parlamentar. Hércules, que foi adversário de Neucimar em 2008, chegando a disputar o segundo turno com o prefeito, garante que não é candidato nas eleições de 2012. O peemedebista defende uma mudánça política no município, com quadros mais técnicos e menos políticos.
Hércules vinha apoiando o grupo de Guilherme Lacerda, do PT, que pode vir a disputar a eleição. O PT também participa da prefeitura, mas não deve ficar de fora da eleição. Em 2008, o deputado Cláudio Vereza disputou a prefeitura pelo PT, mas não tem o perfil de atacar o prefeito. De qualquer forma, deve disputar internamente com Lacerda a candidatura a prefeito – também é visto como solução para Vitória.
Outro movimento mais silencioso, mas que pode ter reflexos ainda mais fortes no cenário eleitoral de 2012, é a tentativa do PSDB de arrebanhar o ex-prefeito Max Filho. O PSDB tem o vice-prefeito e compõe com Neucimar, por isso, no ninho tucano, dificilmente Max Filho conseguiria emplacar uma candidatura a prefeito.
Aliás, o espaço para o ex-prefeito está reduzido, afinal, seu atual partido, o PTB, também faz parte da administração municipal, o que pode dificultar uma candidatura no PTB, muito embora ninguém nos meios políticos imagine uma disputa para a prefeitura sem a sua candidatura.
A situação política em Vila Velha deixa relativamente livre o caminho para a reeleição do prefeito Neucimar Fraga. Além da ampla aliança política, o prefeito tem ainda maioria absoluta na Câmara Municipal, favorecendo o arranjo institucional e evitando críticas no legislativo.
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