terça-feira, 29 de março de 2011

PSD chega ao mercado capixaba com fortes lideranças políticas


O deputado federal Carlos Manato (PDT) é um dos nomes capixabas mais próximos do PSD, o novo partido criado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O deputado Carlos Manato está firme na decisão de disputar a eleição em Vitória no próximo ano, não se sabe ainda se pelo PDT ou pelo PSD, mas, se tudo der certo, Manato deve disputar pela nova sigla.

A migração estaria na dependência de sua situação na Câmara. O que Manato quer saber é se essa migração vai tirar o cargo de segundo suplente que ocupa na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Resolvido o problema, Manato deve migrar para o novo partido, levando com ele muitos quadros do PDT de Vitória, diretório que ele comanda.

Depois de sair vitorioso na eleição do ano passado, conquistando a reeleição para o terceiro mandato de deputado federal, sem o apoio do palácio Anchieta e do seu próprio partido, o parlamentar quer usar o capital político para disputar a eleição em Vitória em 2012. Com isso, o PSD já nasceria forte no Espírito Santo, disputando a segunda maior vitrine política do Estado, a prefeitura de Vitória.

E o crescimento pode ser ainda maior na Capital, já que insatisfações com a direção do DEM podem levar o vereador de Vitória Max da Mata a ingressar no novo partido. Aglomerando lideranças de várias vertentes políticas, ainda que com perfil conservador, o PSD pode ser um diferencial já para a eleição de 2012.

Além de Vitória, o PSD chega forte também na região noroeste, com a migração do ex-conselheiro do Tribunal de Contas Enivaldo dos Anjos para o partido. Com influência não só em seu município, Barra de São Francisco, mas em vários municípios do entorno, ele pode influenciar na composição de uma chapa forte para as prefeituras e para as câmaras na região, o que fortalecerá o novo partido.

PDT pode se desidratar

A criação do novo partido pode ser prejudicial para o PDT não só porque deve perder um deputado federal. Com a possibilidade de a deputada federal Sueli Vidigal vir a perder o mandato, devido a denúncias de crime eleitoral e abuso de poder público; e com o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, sendo investigado pela Polícia Federal, a partir da operação “Em Nome do Filho”, a situação dos pedetistas é desconfortável.

Nesse sentido, seria oportunidade de muitas lideranças que visam ao pleito do ano que vem, não só para o cargo majoritário, mas também para as vagas nas Câmaras Municipais, deixarem o PDT.

As mudanças, porém, não devem atingir a bancada pedetista na Assembleia. Isso porque os deputados Da Vitória e Marcelo Coelho comandam os diretórios de seus municípios, Colatina (noroeste do Estado) e Aracruz (norte do Estado), respectivamente.

Já o deputado Luiz Durão está reiniciando sua trajetória política e o partido não prejudica sua atuação. A suplente do partido, Aparecida Denadai, também coordena seu diretório, em Cariacica. Na Câmara, Sueli Vidigal é fiel ao PDT, que está nas mãos do marido, Sérgio Vidigal, mas com o mandato em risco pode prejudicar o partido de outra forma. Já o deputado Jorge Silva é novato na sigla – ele migrou do PP para o PDT –, por isso, deve garantir a representação da sigla também na bancada.

Manato garante disputar eleição em Vitória

Em entrevista a Século Diário nesse fim de semana – entrevista esta concedida antes de ganhar fôlego no mercado a ideia de migração do parlamentar para PSD –, Manato declarou que está organizando o PDT na Capital para protagonizar uma candidatura própria.

Ele afirmou também que esta organização não vai esperar a definição do ex-governador Paulo Hartung sobre o pleito para discutir a eleição municipal.

“Vou preparar o meu partido para disputar as eleições. Vou fazer uma boa chapa de vereadores e preparar a majoritária. Essa discussão, se ele vem ou não, é lá na frente, porque ele pode mudar de opinião na última hora. A gente não sabe a cabeça dele. Então a gente tem que se preparar para ter candidato”, afirmou.

Mesmo dentro do bloco que vem se formando nas últimas eleições na Grande Vitória, o deputado disse que desta vez as conversas serão diferentes. Em 2008, ele abriu mão da disputa, porque se reconheceu sem condições, mas, dessa vez, Vitória não deve entrar no rateio.

“Se você pegar os quatro municípios da Grande Vitória, em Vila Velha, nós não estamos com o PDT tão bem organizado e não há um quadro, o partido não está tão bem estruturado para disputar a eleição. Eu acredito que o PDT de Vila Velha vai fazer alguma composição. O da Serra está totalmente estruturado, tem candidatura própria; o de Vitória está estruturado e tem, a princípio, candidatura própria, e nós vamos aguardar a posição da Aparecida Denadai em Cariacica, que é presidente do partido e tem uma estrutura lá. Então, eu acredito que na hora que se for conversar, quem vai entrar na conversa vai ser Vila Velha”, explicou.

Na entrevista, o deputado falou também da difícil situação no PDT e desabafa que foi sua ligação ao PDT nacional que o segurou no PDT local. Confira a entrevista com Carlos Manato.

Fonte: Seculo Diario


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