O vice-governador Ricardo Ferraço (PMDB) despontou, em 2007, como o “primeiro da fila” da sucessão estadual, citado pelo governador Paulo Hartung. Desde então, o vice atraiu o apoio de lideranças do interior e deputados, comandou o programa de R$ 1 bilhão de investimentos e teve apoio dos sete prefeitos da Grande Vitória. No mês passado, Ferraço liderava pesquisas e tinha atraído o PMDB, o PT de João Coser; o PDT de Sérgio Vidigal; o PR de Magno Malta; PP, PV, PHS e PTC. O apoio oficial de Hartung ao vice era esperado.
Mas, numa costura entre o vice e Casagrande, “sugerida” por Hartung, Ferraço surgiu no dia 26 de abril como candidato ao Senado apoiado por Hartung, que “ungiu” Renato Casagrande seu candidato ao governo, o que “rachou” o cenário da sucessão.
Na última segunda-feira, o vice se explicou ao PMDB. Em discurso pesado, deixou sinais claros de rompimento com Hartung. “Eu seria o candidato do governo sem o apoio do governo. Era uma contradição. Eu era o candidato palaciano com que tipo de apoio?”. “Para mim, foi um ‘abril sangrento’. Eu sangrei e todos sabem porquê”.
Ferraço desabafou. “O fogo amigo me corroeu. A essa altura da minha vida, tudo que quero é restaurar minha dignidade”.
Atualmente, DEM e PPS se aproximam da chapa de Luiz Paulo (PSDB). O PR também já sinalizou que está mais próximo dos tucanos. O PMDB, por sua vez, que inicialmente estava dividido, agora dá sinais de entendimento com o socialista Renato Casagrande. O senador também conta com o apoio do PT, a quem ofereceu a vaga de vice. Ele busca outros partidos que estavam com Ferraço.
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